Moda
Então viva à cultura do natural! Pra quê química, chapinha, escova nos seus cachos, ondulados, crespos e muitas vezes, até lisos?! Viva à liberdade de expressão capilar! Viva a beleza de ser real, de ser o que é, de ser livre! Viva à beleza real, à beleza plural, a beleza de ser único e individual! Viva ao respeito por ser o que é, viva ao amor, ao amor próprio! Faça AMOR, não faça chapinha ♥"
A disseminação e a resistência ao movimento: Faça amor não faça chapinha!
Olá meninas!
Faz tempo que tinha pensado em fazer um post direcionado às meninas apaixonadas pelos seus cabelos cacheados. "FUÁ" e "JUBA" são expressões que já fizeram parte da minha história. O meu cabelo já foi cacheadinho, mais atualmente ele está alisando (infelizmente :/)
Infelizmente no Brasil ainda existe uma espécie de preconceito com os cabelos cacheados em decorrência do racismo étnico. Desde a infância ouvimos expressões referentes aos cabelos, o que reflete, consequentemente, na vergonha e receio de deixar o cabelo solto e passemos a acreditar que somente o cabelo liso é bonito. As piadas e brincadeiras de "mau gosto" são frequentes no dia-a-dia. Por isso eu admiro e respeito muito as pessoas, homens e mulheres, que têm a coragem para assumir os cabelos e encarar de frente o preconceito da sociedade.
O movimento "Faça amor, não faça chapinha" surgiu no Brasil em meados de 2013, quando a jovem Letícia Carvalho, inspirada na corrente "Faça amor, não faça a barba", fez um esboço de um desenho, e apaixonada pelos seus cabelos cacheados, resolveu junto com as suas amigas disseminar a ideia.
O principal objetivo do movimento é encorajar e incentivar as meninas a assumirem seus cachos sem medo de serem felizes, a favor da resistência de algumas que têm o cabelo cacheado, mais usam chapinha, produtos químicos, progressiva, etc.
"Uma ditadura do cabelo perfeito também já foi imposta. Ano após ano, mais e mais pessoas adotam a escova progressiva para ficar com os fios lisos. O argumento é o fato de o cabelo chapado ser mais prático de cuidar. Realmente, pode até ser. Porém, perde-se o charme da identidade única e faz os cachos rebeldes entrarem em um patamar de raridade." (Larissa Maruyama / DiárioSP Online)
"Fique atento Tendo um cabelo tão bom, cheio de cacho em movimento, cheio de armação, emaranhado, crespura e bom comportamento, grito bem alto, sim? Qual foi o idiota que concluiu que meu cabelo é ruim? Qual foi o otário equivocado que decidiu estar errado o meu cabelo enrolado Ruim pra quê? Ruim pra quem? Infeliz do povo que não sabe de onde vem
Pequeno é o povo que não se ama, o povo que tem na grandeza da mistura o preto, o índio, o branco, a farra das culturas Pobre do povo que, sem estrutura, acaba crendo na loucura de ter que ser outro para ser alguém" (Emicida/Elisa Lucinda)"
Então viva à cultura do natural! Pra quê química, chapinha, escova nos seus cachos, ondulados, crespos e muitas vezes, até lisos?! Viva à liberdade de expressão capilar! Viva a beleza de ser real, de ser o que é, de ser livre! Viva à beleza real, à beleza plural, a beleza de ser único e individual! Viva ao respeito por ser o que é, viva ao amor, ao amor próprio! Faça AMOR, não faça chapinha ♥"
A página no Facebook conta atualmente, com quase 150 mil likes, e depoimentos de meninas do mundo inteiro que resolveram assumir a cabeleira. A página conta inclusive com promoções, lojinha de produtos (entrega em todo país), e dia 07 de novembro acontecerá a inauguração da sede física.
Na minha cidade os cabelos, predominantemente, são lisos, sejam naturais ou através de chapinhas e químicas, e percebo que as meninas ainda possuem um pouco de resistência em assumir os lindos cachos de seus cabelos.
Pensando na possibilidade de incentivá-las a aderir ao movimento e dar vida aos cabelos cacheados, escolhi três meninas que resolveram dar adeus aos lisos e assumiram seus cabelos naturais!
"Pra quem tem vergonha uma dica é permite-se a experimentar o cabelo natural pelo menos uma vez, e ver o que sente ao se olhar no espelho ou sair na rua. O mais importante é se reconhecer daquela forma/ naquele estilo. E se você gosta e acha bonito , não tem que ficar ligando muito para a opinião dos outros."
"Demorei um certo tempo para entender a forma do meu cabelo. Quando era mais nova meu cabelo era um pouco ondulado com alguns redimunhos, que me incomodavam, então passei a mantê-lo sempre com chapinha. Um certo dia, há exatamente 4 anos atrás, resolvi lavar meus cabelos e comecei a amassa-lo, e me surpreendi, comecei a sempre mantê-lo assim, e com o tempo ele pegou forma! Hoje sou completamente apaixonada pelo meu cabelo. É claro que dentre esses 4 anos, tinha dias que dava vontade de desistir, voltar a usar chapinha e até mesmo cortar, por também ser um cabelo grande o cuidado era dobrado. Mais aí lembrava quanto amo meus cabelos e que todo trabalho valia a pena. Além disso é libertador sair dos padrões, de algum modo você encontra sua liberdade!"
"Eu falo que transição capilar não é moda, e sim aceitação, é assumir seu cabelo afro, crespo ou cacheado, sem medo de ser feliz. Estou adorando encontrar cachinhos no meio dos cabelos lisos. É preciso paciência e muita perseverança pra alcançar os tão sonhados cachos."
Mostre pro mundo que você não liga pra opinião de ninguém, e que seus cabelos são lindos de qualquer jeito. Fuja do óbvio! Dê adeus à chapinha, e aos produtos químicos, que são muito
prejudiciais aos cabelos e à saúde.
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Cuidado, as palavras têm um poder incrível.