Moda

A disseminação e a resistência ao movimento: Faça amor não faça chapinha!

16:48 Unknown 0 Comments

Olá meninas!

Faz tempo que tinha pensado em fazer um post direcionado às meninas apaixonadas pelos seus cabelos cacheados. "FUÁ" e "JUBA" são expressões que já fizeram parte da minha história. O meu cabelo já foi cacheadinho, mais atualmente ele está alisando (infelizmente :/)


Infelizmente no Brasil ainda existe uma espécie de preconceito com os cabelos cacheados em decorrência do racismo étnico. Desde a infância ouvimos expressões referentes aos cabelos, o que reflete, consequentemente, na vergonha e receio de deixar o cabelo solto e passemos a acreditar que somente o cabelo liso é bonito. As piadas e brincadeiras de "mau gosto" são frequentes no dia-a-dia. Por isso eu admiro e respeito muito as pessoas, homens e mulheres, que têm a coragem para assumir os cabelos e encarar de frente o preconceito da sociedade.


O movimento "Faça amor, não faça chapinha" surgiu no Brasil em meados de 2013, quando a jovem Letícia Carvalho, inspirada na corrente "Faça amor, não faça a barba", fez um esboço de um desenho, e apaixonada pelos seus cabelos cacheados, resolveu junto com as suas amigas disseminar a ideia.
O principal objetivo do movimento é encorajar e incentivar as meninas a assumirem seus cachos sem medo de serem felizes, a favor da resistência de algumas que têm o cabelo cacheado, mais usam chapinha, produtos químicos, progressiva, etc.

"Uma ditadura do cabelo perfeito também já foi imposta. Ano após ano, mais e mais pessoas adotam a escova progressiva para ficar com os fios lisos. O argumento é o fato de o cabelo chapado ser mais prático de cuidar. Realmente, pode até ser. Porém, perde-se o charme da identidade única e faz os cachos rebeldes entrarem em um patamar de raridade." (Larissa Maruyama / DiárioSP Online)

"Fique atento Tendo um cabelo tão bom, cheio de cacho em movimento, cheio de armação, emaranhado, crespura e bom comportamento, grito bem alto, sim? Qual foi o idiota que concluiu que meu cabelo é ruim? Qual foi o otário equivocado que decidiu estar errado o meu cabelo enrolado Ruim pra quê? Ruim pra quem? Infeliz do povo que não sabe de onde vem

Pequeno é o povo que não se ama, o povo que tem na grandeza da mistura o preto, o índio, o branco, a farra das culturas Pobre do povo que, sem estrutura, acaba crendo na loucura de ter que ser outro para ser alguém" (Emicida/Elisa Lucinda)"


Então viva à cultura do natural! Pra quê química, chapinha, escova nos seus cachos, ondulados, crespos e muitas vezes, até lisos?! Viva à liberdade de expressão capilar! Viva a beleza de ser real, de ser o que é, de ser livre! Viva à beleza real, à beleza plural, a beleza de ser único e individual! Viva ao respeito por ser o que é, viva ao amor, ao amor próprio! Faça AMOR, não faça chapinha ♥"

A página no Facebook  conta atualmente, com quase 150 mil likes, e depoimentos de meninas do mundo inteiro que resolveram assumir a cabeleira. A página conta inclusive com promoções, lojinha de produtos (entrega em todo país), e dia 07 de novembro acontecerá a inauguração da sede física.



Na minha cidade os cabelos, predominantemente, são lisos, sejam naturais ou através de chapinhas e químicas, e percebo que as meninas ainda possuem um pouco de resistência em assumir os lindos cachos de seus cabelos. 
Pensando na possibilidade de incentivá-las a aderir ao movimento e dar vida aos cabelos cacheados, escolhi três meninas que resolveram dar adeus aos lisos e assumiram seus cabelos naturais!


"Pra quem tem vergonha uma dica é permite-se a experimentar o cabelo natural pelo menos uma vez, e ver o que sente ao se olhar no espelho ou sair na rua. O mais importante é se reconhecer daquela forma/ naquele estilo. E se você gosta e acha bonito , não tem que ficar ligando muito para a opinião dos outros."



"Demorei um certo tempo para entender a forma do meu cabelo. Quando era mais nova meu cabelo era um pouco ondulado com alguns redimunhos, que me incomodavam, então passei a mantê-lo sempre com chapinha. Um certo dia, há exatamente 4 anos atrás, resolvi lavar meus cabelos e comecei a amassa-lo, e me surpreendi, comecei a sempre mantê-lo assim, e com o tempo ele pegou forma! Hoje sou completamente apaixonada pelo meu cabelo. É claro que dentre esses 4 anos, tinha dias que dava vontade de desistir, voltar a usar chapinha e até mesmo cortar, por também ser um cabelo grande o cuidado era dobrado. Mais aí lembrava quanto amo meus cabelos e que todo trabalho valia a pena. Além disso é libertador sair dos padrões, de algum modo você encontra sua liberdade!"

"Eu falo que transição capilar não é moda, e sim aceitação, é assumir seu cabelo afro, crespo ou cacheado, sem medo de ser feliz. Estou adorando encontrar cachinhos no meio dos cabelos lisos. É preciso paciência e muita perseverança pra alcançar os tão sonhados cachos."

Seja através de tiaras, turbantes, lenços, flores, creme, hidratante... 
ASSUMAM SEUS CABELOS!

Mostre pro mundo que você não liga pra opinião de ninguém, e que seus cabelos são lindos de qualquer jeito. Fuja do óbvio! Dê adeus à chapinha, e aos produtos químicos, que são muito 
prejudiciais aos cabelos e à saúde.

Beijo encaracoladinho :*

Postagens Relacionadas

0 comentários:

Cuidado, as palavras têm um poder incrível.